Mais de 4 bilhões de doses de vacinas contra a Covid-19 foram administradas no mundo até 29 de julho, de acordo com uma contagem realizada pela agência de notícias francesa AFP (Agence France-Presse). No Brasil, 49,5 milhões de habitantes já completaram a imunização (com a segunda dose ou dose única), o equivalente a 23,39% da população nacional, apontou o balanço do último sábado (14). Desde o início da vacinação no país, em janeiro, foram administradas cerca de 165 milhões de doses no total, considerando as primeiras e segundas aplicações e as vacinas de dose única.
Para garantir a imunização, estão sendo utilizadas quatro variedades de vacinas no país: CoronaVac, do Instituto Butantan; Janssen, do grupo Johnson & Johnson; AstraZeneca, cuja produção no Brasil é feita pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz); e Pfizer, da farmacêutica de mesmo nome, em parceria com o laboratório BioNTech. Mas, em breve, uma nova alternativa pode ser disponibilizada para os brasileiros: a primeira vacina do mundo contra o novo coronavírus desenvolvida à base de plantas.
“Este imunizante funciona como um virus-like particle [partícula pseudoviral, em inglês, cuja molécula se assemelha ao vírus, mas não são infecciosas já que não contêm o material genético viral]”, explica Eduardo Ramacciotti, chief of the board da empresa de pesquisa clínica Science Valley Research Institute e um dos líderes à frente dos testes clínicos. A tecnologia imita a forma e as dimensões do Sars-CoV-2, permitindo que o organismo as reconheça e crie uma resposta imune de forma não infecciosa.
A vacina, desenvolvida pela biofarmacêutica canadense Medicago e pela britânica GSK, utiliza plantas Nicotiana benthamiana (espécie nativa da Austrália, prima dos tabacos e amplamente utilizada para a produção de vacinas, com resultados promissores no combate de doenças como o Ebola) para produzir moléculas que se parecem com o vírus e apresentam todas as proteínas externas do invasor. Segundo o especialista, a grande vantagem do imunizante é a possibilidade de produção em escala, pela facilidade de plantar a matéria-prima em todo o mundo e, assim, replicar a partícula do vírus.
Fonte: Forbes.