Há 20 anos que conhecido trio comanda o PT-DF e correligionários querem renovação

Por duas décadas, um seleto trio comanda o Partido dos Trabalhadores no Distrito Federal (PT-DF): Chico Vigilante, Erika Kokay e Arlete Sampaio.

Assim como ocorre no governo Lula, a transparência e unidade não são fortes no PT-DF, que vive dividido e sem prestar contas, segundo fontes ouvidas pela redação.

As eleições internas para a renovação da direção do PT no Distrito Federal têm se transformado em um verdadeiro campo de batalha,  não por diferenças programáticas, mas pela forma com que velhas práticas tentam se impor contra a vontade de mudança da militância. São os denominados “dinossauros” do PT.

De um lado, um grupo que representa o que há de mais envelhecido na cultura política do partido: figuras como Chico Vigilante, que até hoje não se dignou a esclarecer as mentiras plantadas sobre a formação acadêmica de Guilherme Sigmaringa, jovem que ele tem o controle.

GUILHERME NÃO É ADVOGADO

A campanha para  presidente regional do PT do Distrito Federal desenvolve-se com um dos candidatos:  Guilherme de Carvalho Sigmaringa Seixas, sendo apresentado sistematicamente por Chico Vigilante como advogado. O próprio Partido, na pessoa do seu atual presidente, vem apresentando na imprensa local o currículo dos candidatos, os quais se supõe terem sido apresentados pelos próprios.

No currículo referente a Guilherme de Carvalho Sigmaringa Seixas consta que este seria advogado, e isso é significativamente reforçado através do material distribuído pela própria campanha do referente candidato. Entretanto, ele não é advogado!

Ao acessar a página da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não é encontrada essa condição do candidato Guilherme de Carvalho Sigmaringa Seixas. Ocorre que o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), nos termos do art. 3° Lei nº 8.906 de 4 de julho de 1994. Esse registro requer inclusive prévia aprovação no Exame de Ordem.

A exceção atual, segundo estabelece o Supremo Tribunal Federal (STF), que não prevê tal obrigatoriedade é para advogados públicos, pois a capacidade postulatória desses advogados decorre de previsão constitucional. Salvo essa situação, a prática de atos privativos da advocacia por profissionais e sociedades não inscritos na OAB é considerada exercício ilegal da profissão, o que caracteriza contravenção-penal prevista no artigo 47 da Lei 3.688/41.

As matérias constantes nos links abaixo são também provas de que está sendo difundida essa falsa informação (fake news):

https://entorno.jornalopcao.com.br/politica/pt-df-vai-as-urnas-seis-candidatos-disputam-presidencia-24945/

Sigmaringa oficializa candidatura à presidência do PT-DF

Tentativa de consenso na eleição para presidência do PT-DF

‘O PT vai ter candidato ao Executivo’, diz Guilherme Sigmaringam, candidato à presidência do PT no DF

https://radiocorredor.com.br/um-passarinho-me-contou/sem-lula-na-disputa-nova-lideranca-ganha-forca-no-pt/ https://www.blogdogbu.com.br/2025/05/guilherme-sigmaringa-obtem-mais-apoios.html

Militantes sérios do PT-DF querem que o Ministério Público do Distrito Federal  tome as medidas necessárias para impugnar a candidatura de Guilherme de Carvalho Sigmaringa Seixas à direção do PT do Distrito Federal e suspender seu perfil nas redes sociais, por divulgar informações falsas. A denúncia chegou à Ouvidoria do MPDFT.

Ao lado de Guilherme Sigmaringa está Jacques Pena, arquiteto e operador da candidatura majoritária, que prefere o ataque constante a qualquer um que se coloque como alternativa ao seu projeto. E há ainda Jacy Afonso, o presidente do PT-DF que tentou se reeleger, mas foi barrado justamente pelo companheiro Chico.

No centro desse tabuleiro aparece Rejane Pitanga, uma liderança conhecida, que conseguiu rachar parte da base do campo majoritário e garantir algum espaço no jogo, mas sem, até agora, oferecer um horizonte novo ao partido.

Do outro lado, surgem três candidaturas com trabalho enraizado, militante com histórico. São projetos que não surgiram em gabinetes, mas nas ruas. Candidaturas que vêm tendo coragem de enfrentar as velhas raposas e apontar o esgotamento de um modelo de gestão do PT que se sustenta mais em cargos do que em convicções.

GUILHERME MOSTRA SUA VERDADEIRA FACE AO ATACAR MARIANA ROSAS 

O episódio mais recente da crise foi o debate do Sindicato dos Bancários, que deveria ter sido transmitido pelo PT Nacional. No entanto, por ordem direta de Jacy –  o mesmo que foi vetado na tentativa de se manter no poder – a transmissão foi cancelada. Aqueles que sempre falam em transparência agiram nos bastidores para escondê-la. A pergunta que não quer calar: por quê? Talvez porque o tema das finanças do partido seja um vespeiro que ninguém do campo dominante quer abrir.

E não é que o silencioso Guilherme Sigmaringa, sempre tão comedido, resolveu virar um leão? Curiosamente, sua súbita coragem apareceu justamente quando uma mulher mais uma vez ousou questionar por que seus apoiadores recorrem a mentiras para inflar sua imagem. A valentia veio com força: fez críticas duras à candidatura de Mariana Rosas, mostrando uma “firmeza” que, até então, estava bem escondida.

Mas calma, nada de confundir isso com machismo afinal, no PT não tem disso, né? Foi só mais um exemplo de como alguns só encontram voz quando precisam reagir a mulheres que não abaixam a cabeça.

É nesse ambiente contaminado por velhas lideranças em decadência, que insistem em pautar o partido pela força do cargo e não da política, que as eleições no PT-DF se desenrolam. Não bastasse o estrago que já promoveram no plano distrital, agora querem exportar sua lógica autoritária para os zonais, sufocando o que o PT tem de mais vivo: sua militância.

Ainda segundo informações, o sonho de consumo de Guilherme Sigmaringa é eleger o companheiro Zé Ricardo para presidente do PT no Plano Piloto, mas não tem sido tarefa fácil devido à alta rejeição de ambos.

Na prática, o PT vem diminuindo sua influência no Distrito Federal graças às velhas práticas de politicagem sindical aplicadas na política partidária, fato que tem incomodado bastante a nova geração de militantes, que busca resgatar o real significado do PT, sua origem e que quer um partido transparente e coerente. Militantes petistas afirmam que o PT-DF não pode mais ser usado como extensão  de mandatos de parlamentares que só olham para o próprio umbigo.

ELEIÇÃO DO PT-DF

A eleição do PT-DF acontece no próximo dia 6 de julho e os militantes decidirão se continuam na mentira de alguns candidatos patrocinados por padrinhos  ou se libertam e dão início a um novo PT, com transparência, diálogo, unidade e acima de tudo, respeito.

De olho no futuro núcleo do PT-DF,  Chico Vigilante gravou em junho um vídeo onde defendeu com grande maestria e orgulho, seu candidato à presidência do PT no Distrito Federal,  Guilherme de Carvalho Sigmaringa Seixas. O parlamentar afirma no vídeo que busca manter a unidade do partido em torno da candidatura do jovem  Guilherme Sigmaringa, o qual considera ser um “brilhante advogado”.

Não dá para votar em quem mente, seja o candidato Guilherme, seja o deputado Chico, que afirmou em vídeo que seu candidato é “brilhante advogado”.  Guilherme deveria ter seguido os passos do pai, Sigmaringa Seixas, que era influente advogado e militante do PT que fez história no partido e no Brasil, mas preferiu ficar longe dos livros e usufruir de cargos comissionados ao longo do tempo.

Chegou a hora do PT-DF decidir entre a mentira e a verdade, entre o passado e o futuro, entre o continuísmo arcaico com o uso de “filhinho de papai” por velhas raposas da política, ou um novo tempo com militantes reais comprometidos com as raizes do partido, com os companheiros, com a verdade e com o Brasil.

 

 

O post Há 20 anos que conhecido trio comanda o PT-DF e correligionários querem renovação apareceu primeiro em Donny Silva.

Sair da versão mobile