Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial: políticas e ações integradas promovem igualdade no Distrito Federal

A Secretaria de Justiça e Cidadania é a responsável pelas políticas de promoção da igualdade racial no DF. Dentre as atividades de combate ao racismo estão os cursos de letramento racial, festival cultural e a campanha Cartão Vermelho para o Racismo, que retorna aos gramados em 12 de julho, no clássico entre Vasco e Botafogo

Nesta quinta-feira (3), quando é celebrado o Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) anuncia mais uma ação emblemática da pasta para reforçar o enfrentamento ao racismo nos estádios: no próximo dia 12 de julho, o clássico entre Vasco e Botafogo, na arena BRB Mané Garrincha, será palco de mais uma edição da campanha Cartão Vermelho para o Racismo, promovida em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Com o lema “Não é só falta grave, é cartão vermelho para o racismo”, a campanha transforma o futebol em uma plataforma de conscientização sobre igualdade racial. Antes da partida, jogadores de ambos os times entrarão em campo com uma faixa da campanha, e o público, atletas e autoridades levantarão cartões vermelhos como um gesto simbólico de repúdio ao racismo. Os cartões serão distribuídos gratuitamente na entrada do estádio.

A realização da campanha poucos dias após o 3 de julho – data que marca a aprovação da Lei Afonso Arinos, de 1951, primeira legislação brasileira a criminalizar a discriminação racial – reforça a importância da mobilização contínua no combate ao racismo estrutural e institucional no país.

Um movimento no esporte

A campanha Cartão Vermelho para o Racismo integra uma mobilização da Sejus para consolidar um modelo nacional de enfrentamento ao racismo no esporte. Desde sua edição de grande repercussão em maio, durante a partida entre Vasco e Palmeiras, a campanha tem ganhado força dentro e fora dos gramados.

“A escolha de um clássico como palco da campanha tem um simbolismo poderoso. O futebol tem um alcance único, é paixão nacional, e usar essa força para falar de igualdade e respeito é essencial. Brasília está na vanguarda de uma mudança que precisa ser permanente e nacional”, afirma a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.

Ações permanentes no combate à discriminação

Responsável pela formulação e execução das políticas de promoção da igualdade racial no DF, a Sejus, por meio da Subsecretaria de Direitos Humanos e Igualdade Racial (SUBDHIR), desenvolve uma agenda contínua de iniciativas voltadas ao enfrentamento do racismo e à valorização da população negra em múltiplas frentes.

Um dos marcos mais recentes foi a inclusão oficial do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra no calendário de festividades do DF, por meio de decreto assinado pelo governador Ibaneis Rocha. A norma institui, com o apoio da Sejus, atividades nas escolas públicas ao longo do mês de novembro e três dias anuais de um grande festival cultural voltado à valorização da cultura afro-brasileira e ao combate ao racismo. A programação inclui oficinas de dança, contação de histórias, apresentações teatrais, aulas de capoeira, hip-hop e outras manifestações culturais que fortalecem a educação antirracista desde a base.

Outro destaque é a parceria firmada com a OAB-DF, que prevê ações educativas, apoio jurídico e estímulo à denúncia de crimes raciais, contribuindo para o fortalecimento da rede de proteção e responsabilização.

Na área da saúde, o projeto Conectando Saúde e Inclusão garantiu um investimento internacional de R$ 1,2 milhão para ampliar o acesso da população negra aos serviços do SUS no DF. A iniciativa contempla a criação de um aplicativo de orientação em saúde e a capacitação de profissionais para um atendimento mais humanizado e livre de preconceito.

A formação de servidores também é uma prioridade. Por meio da SUBDHIR, a Sejus promove cursos de letramento racial, que capacitam equipes públicas a reconhecer e combater o racismo estrutural e institucional. Na educação, o Programa de Letramento Racial nas Escolas, iniciado em abril deste ano, oferece formação continuada a educadores da rede pública, com foco em práticas pedagógicas antirracistas e promoção da diversidade no ambiente escolar.

“O combate ao racismo começa pela educação. Por isso, investir no letramento racial de servidores e educadores é uma das prioridades da secretaria”, destaca o subsecretário de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Juvenal Araújo.

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